Vacinação para pessoas do grupo de risco que não são profissionais da saúde deve começar em fevereiro, diz secretário do governo de SP
janeiro 18, 2021SÃO PAULO – Nesta segunda-feira (18), Marco Vinholi, secretário de desenvolvimento regional do governo de São Paulo, afirmou que o governo paulista deve começar a vacinas as pessoas que estão no grupo de risco, mas não são profissionais da saúde, ainda em fevereiro. A ordem será por faixa etária.
“Estamos avançando hoje com os hospitais de grande porte e, a partir de amanhã, vamos fazer a distribuição nos municípios do estado para profissionais de saúde. O quantitativo determinado pelo Ministério da Saúde vai permitir imunizar 50% desses profissionais”, disse o secretário em entrevista ao canal GloboNews na manhã desta segunda-feira. Daqui duas semanas, Vinholi afirmou que essa metade receberá a segunda dose de imunização.
“Esse cronograma tem início com os profissionais de saúde. Na sequência do processo, serão as pessoas acima de 60 anos, por idade escalonada. A previsão é que elas comecem [a receber a vacina] ainda no mês de fevereiro, com avanço até 22 de março.”
O governo de São Paulo já havia divulgado uma primeira versão do calendário de vacinação do primeiro grupo a receber o imunizante. De fato, a data prevista para iniciar a vacinação de pessoas com 75 anos ou mais de idade é 8 de fevereiro. A imunização do grupo de risco vai até 22 de março, finalizando com pessoas entre 60 e 64 anos de idade.
A vacina que integra o Plano Estadual de Imunização do governo paulista é a CoronaVac, desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, instituição ligada ao governo de São Paulo.
O InfoMoney entrou em contato com a assessoria de desenvolvimento regional, que explicou que a responsabilidade desse cronograma é da secretária de saúde do estado e que é possível que as datas sofram algum tipo de alteração para que os munícipios do estado consigam ter insumos, equipamentos e equipes para iniciar suas respectivas vacinações.
Veja a tabela divulgada pelo governo estadual no dia 6 de janeiro:
Primeira etapa de distribuição
Segundo o governo paulista, a partir desta segunda-feira entra em operação o plano logístico de distribuição de doses, seringas e agulhas. Haverá o envio das grades para imunização de trabalhadores de saúde de seis hospitais de referência no estado: Hospital das Clínicas de São Paulo e de Ribeirão Preto (USP), HC de Campinas (Unicamp), HC de Botucatu (Unesp), HC de Marília (Famema) e Hospital de Base (HB) de São José do Rio Preto (Funfarme).
No domingo (17), 112 pessoas foram vacinadas em São Paulo. Estão sendo aplicadas desde as 7h desta segunda-feira as doses para trabalhadores do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, da capital.
A assessoria do governo do estado informou que nesta segunda, por volta das 8h da manhã, dois caminhões saíram do Centro de Distribuição e Logística (CDL) da capital paulista. Um dos caminhões conta com 4,4 mil doses e saiu em direção ao HC de Botucatu, que inicia a imunização às 15h de hoje. Outro caminhão, com 4 mil vacinas, partiu rumo ao HC da Unicamp, que começa a vacinar seus trabalhadores de saúde às 16h de hoje.
No período da tarde, sem horário definido, outros três caminhões saem em direção aos HCs de Ribeirão Preto e Marília, bem como ao HB de Rio Preto.
“A partir de amanhã [19], grades de vacinas e insumos também serão enviadas a polos regionais para redistribuição às prefeituras, com recomendação de prioridade a profissionais de saúde que atuam no combate à pandemia. Os municípios também deverão imunizar a população indígena, com apoio de equipes de atenção primária do SUS, segundo as estratégias adequadas ao cenário local. Cada hospital será responsável pelo preenchimento dos sistemas de informação oficiais definidos pela Secretaria da Saúde para monitoramento da campanha”, informou em nota a assessoria do governo.
Plano Estadual de Imunização
Na última semana, ao detalhar o Plano Estadual de Imunização (PEI), o governo de São Paulo já havia informado que os 5,2 mil postos de vacinação existentes espalhados por todo o estado serão ampliados para um total de 10 mil. O plano prevê uso de escolas, quartéis da Polícia Militar, estações de trem, terminais de ônibus, farmácias e sistemas drive-thru para agilizar a aplicação do imunizante.
Na ocasião, o governo paulista disse ainda que a perspectiva inicial é de atendimento das 8h às 22h de segunda à sexta-feira, e das 8h às 18h aos sábados, domingos e feriados. Porém, estratégias complementares poderão ser definidas com os prefeitos quando a campanha de fato se iniciar.
O estado havia informado que irá mobilizar 77 mil funcionários para que o plano de vacinação possa ser iniciado. Desses, 52 mil são profissionais da saúde e 25 mil são policiais, que irão atuar na campanha estadual nas etapas de armazenamento, envio de doses e insumos às regiões e aplicação das vacinas nos postos.
As doses têm como ponto de partida o Instituto Butantan e serão acondicionadas inicialmente no CDL da capital paulista (de onde saiu a primeira etapa de distribuição). A partir do centro de distribuição logística, remessas semanais das doses serão distribuídas, com entregas diretas aos 200 municípios mais populosos. Elas serão retiradas em 25 centros de distribuição regionais para as demais cidades. As prefeituras deverão garantir abastecimento nos postos de vacinação.
Em coletiva realizada neste domingo (17), João Doria (PSDB), governador de São Paulo, informou que mais detalhes sobre a operacionalização do plano serão apresentados nos “próximos dias”. O governador marcou para esta segunda-feira, às 12h45, uma nova coletiva de imprensa no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista. É esperado que Doria dê mais informações sobre como o PEI deve ser realizado.
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