CoronaVac é mais eficaz com intervalo de três semanas entre doses, diz Sinovac
janeiro 18, 2021SÃO PAULO – A CoronaVac, vacina contra Covid-19 desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac e pelo Instituto Butantan, teria uma eficácia maior quando aplicada com intervalo de três semanas entre suas doses. Segundo a agência de notícias Reuters, a informação foi dada pela própria farmacêutica.
Os dados foram obtidos a partir dos estudos clínicos realizados no Brasil, com “um pequeno subgrupo de pacientes que receberam a segunda dose do fármaco com um intervalo maior”. De acordo com a pesquisa, a CoronaVac é cerca de 20 pontos percentuais mais efetiva com esse regime de aplicação, segundo a Sinovac.
A taxa de proteção para os 1.394 voluntários que receberam doses da vacina ou placebo com intervalo de três semanas foi de “quase 70%“. A taxa global de eficácia da CoronaVac divulgada no país ficou em 50,4%, com base em voluntários que receberam a segunda dose 14 dias após a primeira.
O porta-voz da Sinovac, porém, alertou que a robustez dos dados coletados com o subgrupo é menor do que o dado de eficácia geral.
Vacinação no Brasil
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou neste domingo (17) o uso emergencial das vacinas CoronaVac e Oxford/AstraZeneca, a última produzida pela Fiocruz em parceria com a farmacêutica AstraZeneca e a Universidade de Oxford (Reino Unido).
O pedido do Instituto Butantan é referente a 6 milhões de doses importadas da CoronaVac, embora o Instituto também desenvolva a vacina no Brasil.
Já o pedido da Fiocruz é referente a 2 milhões de doses importadas do laboratório Serum, da Índia, que produz a vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford e pelo laboratório AstraZeneca. A entrega da Índia enfrenta atrasos, após confusões diplomáticas. A Fiocruz também desenvolve a vacina no Brasil.
O governo paulista anunciou que a vacinação contra Covid-19 no estado será iniciada nesta segunda-feira (18), com a aplicação da CoronaVac. A enfermeira Mônica Calazans, da UTI do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, em São Paulo, se tornou no domingo a primeira pessoa vacinada contra o novo coronavírus no Brasil.
Eduardo Pazuello, ministro da Saúde, antecipou o cronograma do governo federal e afirmou que a vacinação em todo o país contra Covid-19 também será iniciada nesta segunda-feira, a partir das 17h.
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