Saída de capital dos mercados emergentes ficou para trás, assinala IIF
janeiro 7, 2021SÃO PAULO – Após um ano de grande volatilidade e incerteza no mercado financeiro, o movimento de saída de capital dos ativos emergentes parece estar no retrovisor, com entradas robustas de recursos a caminho. A avaliação é do Instituto de Finanças Internacionais (IIF, na sigla em inglês).
Levantamento divulgado pelo IFF mostra que os ativos de mercados emergentes atraíram US$ 45,9 bilhões em dezembro, um resultado “impressionante”, segundo o IIF, considerando o choque provocado pela Covid-19, “um dos mais profundos e mais violentos já registrados”.
De acordo com o instituto, o principal motor para essa recuperação é o desempenho “impressionante” dos fluxos de dívida para a China, junto com a recuperação de todas as outras classes de ativos.
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Em dezembro, o fluxo para a dívida de emergentes ficou positivo em US$ 16,6 bilhões, e em US$ 29,3 bilhões para ações, dos quais US$ 13,2 bilhões foram para a China.
Quando analisadas as regiões, os mercados emergentes asiáticos se destacaram, com entradas líquidas de R$ 21,9 bilhões. Na sequência aparecem Latam (US$ 11,9 bilhões), África e Oriente Médio (US$ 7 bilhões), e emergentes europeus, com US$ 5,2 bilhões.
No acumulado de 2020, o saldo líquido de recursos para portfólio de emergentes ficou positivo em US$ 313 bilhões, cerca de US$ 48 bilhões abaixo do registrado em 2019.
O IIF reforça, contudo, que questões relacionadas à variação do dólar e ao futuro das políticas monetárias nos países do G3 (Brasil, Índia e África do Sul) podem influenciar negativamente o cenário-base positivo para 2021.
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