O papel das ciências comportamentais para o desenvolvimento do mercado financeiro
dezembro 14, 2020A Bolsa de Valores está crescendo mais do que em qualquer outro período de sua história. O número de novos investidores dobrou em apenas um ano, saltando de 1,6 milhão para 3,2 milhões, aproximadamente.
Mas como está sendo a descoberta da Bolsa pelo investidor brasileiro? Como é a jornada e o comportamento das pessoas em suas primeiras experiências com a renda variável?
Esse e outros importantes assuntos serão tratados na Conferência de Ciências Comportamentais e Educação do Investidor (http://www.iecbrazil.com.br/), promovida pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) em parceria com a B3.
O evento oferece gratuitamente uma série de atividades e palestras sobre estudos comportamentais e educação financeira, com o objetivo de aprimorar as ações de proteção e orientação do investidor brasileiro.
Neste ano, pela primeira vez 100% online, o evento traz uma abordagem multidisciplinar nos campos da psicologia, economia, antropologia, sociologia, entre outros, e discute assuntos que vão desde a incorporação de dados de pesquisas comportamentais na regulamentação do mercado de capitais até o entendimento de como a transformação digital e a pandemia impulsionaram a autonomia do investidor em busca de conhecimento e educação.
Em um momento único como esse, é essencial entendermos, por exemplo, as mudanças nos investimentos durante a pandemia de Covid-19. Será que os investidores estão entrando na Bolsa com o conhecimento necessário para operar da melhor forma possível?
Aprenda os conceitos iniciais sobre finanças e comece a investir
Sendo o Brasil um país tão grande e diverso, qual seria a importância da cultura, dos valores e dos aspectos cognitivos e não-cognitivos para o letramento e o comportamento financeiro?
Mais ainda, qual é a ponte entre o conhecimento e o comportamento financeiro? Ou seja, o quanto o seu conhecimento sobre o mercado financeiro ajuda no seu comportamento?
O evento traz renomados acadêmicos e representantes do setor público e privado, que possuem extensos trabalhos sobre como os estudos de comportamento e psicologia se traduzem em melhores regulações para o mercado, em produtos mais bem direcionados às necessidades das pessoas.
A educação financeira é o caminho para tomada de decisão consciente pelo cidadão. Como o investidor jovem está investindo? E na maturidade? A educação e o entendimento das vulnerabilidades financeiras na maturidade são aspectos determinantes se queremos que o investidor maduro tenha maior qualidade de vida, bem-estar financeiro e planejamento financeiro.
Os estudos e debates sobre o comportamento financeiro sob a ótica da psicologia econômica e das ciências comportamentais são a mais nova e importante fronteira para desenvolvermos um mercado financeiro mais maduro, com investidores conscientes e capazes de atingirem seus objetivos de curto, médio e longo prazo.