Maior corretora do Japão quer adotar trabalho flexível permanente
dezembro 1, 2020
A Nomura planeja tornar o trabalho flexível permanente para funcionários no Japão assim que a pandemia de coronavírus terminar, destacando como a crise de saúde pode acelerar mudanças nos regimes de trabalho do país.
A maior corretora do Japão finaliza os planos para aprimorar seu programa de trabalho em casa, disse o diretor-presidente, Kentaro Okuda, em fórum de investimentos na terça-feira. A empresa pode introduzir um mínimo de 40% de horas trabalhadas nos escritórios a cada mês, e os departamentos teriam liberdade dentro desse limite, disse o executivo em apresentação.
A Nomura e empresas financeiras no mundo todo se adaptam à transição para o trabalho remoto, pois a pandemia obrigou milhares de funcionários a trabalharem de casa. No Japão, o coronavírus levou algumas empresas a deixarem de lado a prática de longas horas nos escritórios, uma cultura que o governo tenta mudar para melhorar a produtividade e estilos de vida.
“Conseguimos manter a produtividade” mesmo depois de implementar medidas como turnos divididos e teletrabalho, disse Okuda.
Outras etapas em consideração no Japão incluem horários de trabalho flexíveis para alguns funcionários, incluindo os que precisam se comunicar com pessoas no exterior, segundo a apresentação. A Nomura também avalia a necessidade de ter escritórios-satélite na era pós-pandemia.
A Nomura ainda estuda um regime de trabalho flexível permanente em escritórios fora do Japão, segundo reportagem da Bloomberg no mês passado. De acordo com esses planos, que estão em estágio inicial, 50% da força de trabalho corporativa no exterior trabalharia remotamente a qualquer momento.
Okuda, de 57 anos e que assumiu o posto de CEO em abril, também atualizou investidores sobre a estratégia geral da corretora. Suas prioridades incluem o fortalecimento da divisão de dívida privada nos Estados Unidos e a expansão da gestão de patrimônio.
A Nomura planeja contratar banqueiros para atender clientes ricos na Ásia e no Oriente Médio, disse. O objetivo é aumentar os ativos sob gestão nessas regiões para US$ 35 bilhões ou mais até março de 2025, em comparação com cerca de US$ 7 bilhões em março.
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