Índice de jovens que não estudavam nem trabalhavam caiu em 2019

Índice de jovens que não estudavam nem trabalhavam caiu em 2019

novembro 12, 2020 Off Por JJ

Homem relaxando tomando vinho no por do sol
(Shutterstock)

No Brasil, a proporção de jovens de 15 a 29 anos de idade que não estudavam nem trabalhavam diminuiu em 2019, passando de 23%, no ano anterior, para 22,1% em decorrência do aumento no nível de ocupação dos jovens.

Os dados estão na Síntese de Indicadores Sociais, divulgada hoje (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Segundo o instituto, apesar da melhora, os resultados de 2019 ainda mantiveram o Brasil com proporção de jovens sem estudar e sem ocupação bem acima da média da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) identificada para o ano anterior.

Entre os jovens que nunca frequentaram a escola, 82,3% estavam sem trabalho em 2019. “Quanto mais cedo os jovens abandonam os estudos, maiores as chances de estarem sem ocupação”, afirmou a analista do IBGE Luanda Botelho.

Entre as mulheres pretas ou pardas de 15 a 29 anos de idade, 32% não estudavam e não tinham ocupação em 2019, proporção 2,4 vezes maior que a dos jovens brancos nessa situação (13,2%).

De acordo com a pesquisa. entre as razões apresentadas pelos jovens para terem parado de estudar, ou nunca terem estudado, “precisava trabalhar” foi a resposta mais recorrente, mas com maior incidência para os homens (43,1%) do que para as mulheres (26%).

“Cumpre destacar ainda que 42,8% dos jovens que não estudavam e não estavam ocupados em 2019, estavam no quinto da população com os menores rendimentos domiciliares per capita e apenas 4,7% no quinto com os maiores rendimentos”, diz o IBGE.

Na região Nordeste, mais de um quarto dos jovens de 15 a 29 anos não estudavam e não estavam ocupados.

Em 2019, a taxa de frequência escolar bruta das crianças de 0 a 3 anos atingiu 35,6% e, na faixa entre 4 e 5 anos, chegou a 92,9%. Esse percentual, porém, ainda está abaixo das metas do Plano Nacional de Educação (PNE), que prevê 50% para as crianças até 3 anos e universalização para as crianças de 4 e 5 anos até 2024.

Em 2016, a taxa de frequência escolar das crianças de 0 a 3 anos era de 30,4%. “A gente nota que, apesar da elevação de mais de cinco pontos percentuais, há um chão até atingir a meta do PNE”, avaliou o analista do IBGE Bruno Perez.

Na faixa de 18 a 24 anos de idade, 35,7% dos jovens brancos frequentavam ou já haviam concluído o ensino superior em 2019. Entre os jovens pretos ou pardos, esse percentual era de apenas 18,9%.

Somente 7,6% dos jovens pertencentes ao quinto da população de menor rendimento domiciliar per capita frequentavam ou já haviam completado o nível superior em 2019, uma proporção oito vezes inferior à verificada entre os jovens do quinto da população de maior renda (61,5%).

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