Confira os preços e as taxas dos títulos do Tesouro Direto nesta terça-feira

Confira os preços e as taxas dos títulos do Tesouro Direto nesta terça-feira

novembro 10, 2020 Off Por JJ

Hands holding Brazilian real notes - Money from Brazil - Notes of Real - Brazil BRL banknote
(Sidney de Almeida/Getty Images)

SÃO PAULO – Os títulos públicos negociados via Tesouro Direto operam próximos da estabilidade na manhã desta terça-feira (10), após a forte queda na véspera devido ao otimismo dos mercados com uma vacina contra a Covid-19 e o resultado das eleições nos EUA.

O título prefixado com vencimento em 2023 pagava um prêmio anual de 4,97% na abertura dos negócios, ante 4,99% na tarde de ontem. O juro pago pelo mesmo papel com prazo em 2026, por sua vez, cedia de 7,08% para 7,06% ao ano.

Entre os papéis indexados à inflação, o com vencimento em 2035 oferecia uma taxa anual de 3,90%, a mesma paga anteriormente. Já o prêmio do Tesouro IPCA+2030 era de 3,24% ao ano, ante 3,25% a.a. na tarde de ontem.

No câmbio, o dólar também operava próximo da estabilidade, negociado a R$ 5,37 por volta das 10h10.

Confira os preços e as taxas dos títulos públicos nesta terça-feira (10):

Fonte: Tesouro Direto

Cena global

Os investidores seguem repercutindo a eleição do democrata Joe Biden como presidente dos Estados Unidos, no fim de semana, e o anúncio de sinais de eficácia em testes de vacinas fabricadas pela farmacêutica americana Pfizer em parceria com a alemã BioNTech.

As atenções também estão voltadas para a continuidade das eleições para o congresso nos EUA. Até o momento, consolida-se o cenário de divisão entre democratas e republicanos no Legislativo. O Senado deve continuar republicano, enquanto a Câmara deve ter controle democrata por uma estreita margem.

Investidores parecem estar encarando essa perspectiva de maneira positiva, à medida que este deve ser um obstáculo ao aumento de impostos e a novas regulações sob a gestão Biden.

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Vacina no Brasil

No cenário doméstico, após o anúncio das farmacêuticas Pfizer e BioNTech ontem, um porta-voz da Pfizer no Brasil e o Ministério da Saúde afirmaram que o governo brasileiro estuda a aquisição de doses do produto.

O ministério ressaltou, no entanto, que acompanha cerca de 254 pesquisas de imunizantes, incluindo a da empresa americana.

Também na véspera, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) suspendeu os testes da vacina chinesa Coronavac após a ocorrência de um evento adverso em um dos voluntários brasileiros, que participou dos testes.

Em comunicado, o Instituto Butantan disse que foi surpreendido pela decisão da Anvisa e está apurando em detalhes a pausa dos estudos clínicos do medicamento. Já o governo de São Paulo disse que foi informado da interrupção por meio da imprensa.

O presidente Jair Bolsonaro se pronunciou nesta terça-feira (10) sobre a decisão da Anvisa. Um usuário da rede social Facebook perguntou ao presidente se o Brasil iria comprar a CoronaVac caso ela fosse considerada segura. Em resposta ao comentário, o presidente compartilhou uma notícia sobre a interrupção dos testes.

“Morte, invalidez, anomalia. Esta é a vacina que o Doria queria obrigar a todos os paulistanos tomá-la. O Presidente disse que a vacina jamais poderia ser obrigatória. Mais uma que Jair Bolsonaro ganha”, escreveu Bolsonaro na rede social, em referência à disputa politica envolvendo as possíveis vacinas contra a Covid-19 entre o presidente e João Doria (PSDB), governador de São Paulo.

No âmbito político, Rodrigo Maia, presidente da Câmara dos Deputados, afirmou em entrevista à rede CNN Brasil que, sem reformas, o Brasil “explode” e o dólar vai a R$ 7.

Segundo ele, projetos não andam porque a esquerda obstrui por um motivo e a base por outros. “O Brasil vai explodir em janeiro se as matérias não forem votadas, o dólar vai a R$ 7,00 e a taxa de juros de longo prazo vai subir”, disse.

Entre os indicadores domésticos, o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), usado no reajuste dos contratos de aluguel no país, registrou inflação de 2,67% na primeira prévia de novembro deste ano. A taxa é superior ao 1,97% registrado na primeira prévia de outubro. Em 12 meses, o IGP-M acumula alta de 23,79%.

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