Com renda fixa em baixa e Bolsa volátil, investimento em startups é alternativa para ampliar ganhos
novembro 6, 2020
SÃO PAULO — A pandemia criou diversas incertezas – na economia, na saúde e na maneira como vivemos. Mesmo assim, um mercado soube navegar bem estes tempos: o de tecnologia. Segundo um relatório do fundo Atlantico, a penetração do e-commerce no varejo saltou cinco pontos porcentuais entre março e maio deste ano (de 7,2% para 12,6%). É um crescimento percentual maior do que o registrado entre 2009 e 2019, de 5,2 pontos percentuais.
Com o movimento, as startups brasileiras caminham para seu melhor ano na história – assim como o número de interessados em ter pelo menos uma parte da carteira de investimentos alocada nesses empreendimentos.
A empresa de inovação Distrito mostrou que o volume de investimentos em negócios escaláveis, inovadores e tecnológicos já está em US$ 2,2 bilhões neste ano. Mesmo considerando a desaceleração de aportes nos piores meses da pandemia, o valor já representa 82% do visto em 2019.
Por que investir em startups?
A procura já era grande antes da pandemia de Covid-19, na visão dos especialistas ouvidos pelo InfoMoney. Um ponto importante foi a diminuição da taxa básica de juros. A Selic teve nove quedas seguidas de agosto de 2019 a agosto de 2020, passando de 6,5% ao ano para os atuais 2% ao ano. Investidores passaram a procurar mais aplicações na renda variável para ter uma rentabilidade real positiva (ganhos acima da inflação) – e as startups aparecem cada vez mais como forma de diversificação.
“O investidor podia receber 15% ao ano sem risco antes, com a Selic alta. Estamos em um patamar equivalente ao dos Estados Unidos agora: você não pode deixar o dinheiro parado na renda fixa, para não perder para a inflação”, diz Brian Begnoche, sócio da plataforma de investimentos em startups Eqseed.
Ele acrescenta que uma empresa listada na Bolsa já atingiu um tamanho grande, então o múltiplo de crescimento é mais limitado. “As startups têm um potencial de retorno que outros produtos de renda variável não oferecem. É uma classe de maior risco, mas com maior potencial de upside [valorização].”
Outro ponto é mais anterior e fundamental: as startups começaram a afetar a vida dos consumidores comuns. “99, Creditas, iFood e Gympass viraram nomes conhecidos. São exemplos que tangibilizam quão grandes as startups podem ser. Selic em queda e uso forçado de startups por conta da pandemia apenas jogaram gasolina em um fogo que já estava queimando”, diz Rodrigo Baer, sócio do fundo Redpoint eventures.
Cassio Spina, fundador da Anjos do Brasil, afirma que o mercado pode ser muito mais explorado. O volume de investimento anjo brasileiro representa apenas 0,8% do aportado por anjos em startups nos Estados Unidos.
Mas, para ele, a motivação não deve ser apenas o aumento dos rendimentos. “Existem justificativas no pessoal, no profissional e no financeiro. A aplicação volta também como prazer por contribuir com o empreendedorismo, como aprendizado e como conexão a um futuro que está começando agora. A pandemia mostrou que a tecnologia chegou rápido, e veio para ficar”, diz Spina.
Como investir em startups?
Você pode comprar fatias de startups de maneira direta ou indireta. O investimento direto acontece por meio do investimento anjo ou das plataformas de equity crowdfunding. Já o investimento indireto acontece por meio dos fundos de venture capital, que montam seu próprio portfólio de startups.
O objetivo de todas essas formas de investir é o mesmo: ajudar startups a crescer, em troca de uma participação nesses negócios. O valor da participação aumenta de acordo com a valorização da startup.
Investimento anjo
Como o próprio nome diz, tornar-se um investidor anjo de uma startup significa prestar suporte a uma startup em troca de uma participação. A ajuda não é apenas financeira, mas para apresentar contatos e oferecer conhecimento e experiência a um setor ou estratégia de negócio – um pacote que o mercado conhece como smart money. Esse é um investimento privado e, portanto, não se enquadra na regulação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
O investimento anjo em startups brasileiras alcançou R$ 1,067 bilhão, aportados por 8.220 investidores em 2019. Os dados são da Anjos do Brasil, organização sem fins lucrativos que reúne 450 investidores anjo ativos.
Segundo as estimativas da entidade, cada investidor coloca, em média, R$ 129 mil por ano em startups. Esse valor costuma ser dividido em pouco mais de R$ 30 mil para quatro startups anualmente.
O valor é relativamente acessível porque diversos anjos podem se unir para participar da mesma rodada em uma startup. “Quando você investe sozinho, precisa bancar mais capital em cada startup. Assim, seu dinheiro vai ficar menos diversificado. Um grupo de cinco, dez ou vinte investidores anjo também pode trocar conhecimento e aumentar as chances de sucesso do empreendimento”, diz Spina.
Além de participar de uma associação, outra forma de entrar no investimento anjo com um mínimo de suporte é procurar universidades. O GVAngels é um grupo que reúne 215 investidores anjo, metade deles ativos, que também são alumni da Fundação Getúlio Vargas (FGV).
“Temos um grande potencial de smart money nessas redes de anjos alumnis. São executivos de corporações e de empresas de M&A [fusões e aquisições] que fornecem mentorias e networking”, afirma Wlado Teixeira, diretor executivo da GVAngels. O tíquete médio por anjo fica em cerca de R$ 30 mil, assim como na Anjos do Brasil. Cada rodada costuma ir de R$ 500 mil a R$ 1 milhão.
Equity crowdfunding
O equity crowdfunding é uma forma de comprar participações em startups de maneira completamente online. Essa modalidade de investimentos é regulada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), por meio da instrução CVM 588.
Uma das plataformas de equity crowdfunding é a Eqseed. Ela faz uma seleção prévia das startups, aceitando menos de 1% das inscritas e também valida dados financeiros e jurídicos. “Estamos procurando empresas com modelos escaláveis, produtos ou serviços inovadores e um potencial claro de venda futura. É daí que virá o retorno para o nosso investidor”, diz Begnoche.
Os usuários veem as rodadas abertas no momento e conferem dados como propostas, histórico dos sócios e das startups, produtos, modelos de negócio e projeções financeiras. Também podem realizar perguntas e conferir respostas dadas a outros usuários por meio de um fórum. Ao clicar em investir, o usuário informa mais dados. A Eqseed realiza uma checagem contra fraude de identidade e contra lavagem de dinheiro.
O usuário assina o contrato digitalmente e fica com seu dinheiro até a conclusão da rodada. Caso a startup atinja sua meta de captação, o dinheiro dos investidores é transferido diretamente à empresa.
O negócio paga uma taxa de sucesso de 10% do valor captado para a Eqseed. A startup é obrigada e fazer relatórios ao menos trimestrais, apresentando dados financeiros e estratégicos. Ao vender sua participação, o investidor também paga uma taxa de 10% para a Eqseed, mas apenas sobre os rendimentos.
São 35 mil usuários na Eqseed, com cerca de 1,5 mil deles tendo feito ao menos um investimento. O tíquete médio das rodadas está em R$ 1,1 milhão. Cada participante coloca cerca de R$ 15 mil a R$ 20 mil, mas o mínimo está em R$ 5 mil.
A Eqseed defende independência para realizar aportes em startups, tendo como rede de segurança seus próprios filtros e a regulação da CVM. Em troca, o contato entre fundadores e investidores fica restrito ao universo online.
“Cada vez mais pessoas estão assumindo controle das suas carteiras, não se guiando apenas pelo gerente do banco. Elas estão analisando ativos e decidindo suas porcentagens, reequilibrando constantemente. O consumidor gosta dessa autonomia e está olhando agora para como investir em empresas privadas em crescimento”, diz Begnoche.
Recentemente, a Eqseed teve seu primeiro retorno aos empreendedores e investidores: a fintech Dindin foi adquirida pelo banco Bradesco. O próximo passo da plataforma será batalhar por uma expansão de limites para o equity crowdfunding.
Hoje, a CVM permite que empresas faturando até R$ 10 milhões por ano captem até R$ 5 milhões. Uma audiência pública foi aberta para definir novas regras ao equity crowdfunding. Ela está em andamento e deve ser concluída no primeiro semestre de 2021. Begnoche defendeu que o faturamento suba para R$ 30 milhões e que a captação máxima fique em R$ 20 milhões.
“Já temos startups com equipes grandes, faturamento saudável e milhões captados, inclusive com fundos de venture capital. Ainda é arriscado, mas isso é natural porque vem junto do potencial de ganho. Com uma ampliação de valores, o investidor poderá acessar mais dessas empresas maduras”, diz o sócio da Eqseed.
Venture capital e private equity
O venture capital é voltado a quem gostaria de aplicar em startups, mas prefere contar com seleção e gestão de portfólio terceirizadas. Os fundos de venture capital não apenas investem, mas ajudam as startups a enfrentar desafios de negócios, a acessar grandes empresas e a receber oportunidades de novos investimentos.
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A aplicação se faz por meio de fundos de investimento em participações. FIPs funcionam como condomínios fechados: as cotas só são resgatadas quando a duração do fundo terminar ou quando a liquidação for decidida em assembleia de cotistas. Assim como no equity crowdfunding, os fundos de investimento em participações são regulados pela CVM.
Um dos fundos brasileiros de venture capital mais conhecidos é a Redpoint eventures. Foram cerca de 60 investimentos em negócios que se tornariam gigantes depois de alguns anos – como Creditas, Gympass, Olist, Pipefy e Rappi. Depois de um primeiro fundo de US$ 130 milhões, a Redpoint eventures está agora fazendo uso de um segundo fundo de US$ 175 milhões.
Pela instrução 578 da CVM, FIPs que tenham mais de 20% do seu capital subscrito em ativos no exterior só podem ser oferecidos a investidores profissionais (pessoas físicas com aplicações financeiras acima de R$ 10 milhões), tornando-se um FIP de categoria multiestratégia.
Startups nacionais podem crescer e decidir concentrar seus ativos em mercados internacionais de uma hora para outra. Por isso, a Redpoint eventures cria seus FIPs já na categoria multiestratégia.
Também foca em ofertas públicas com esforços restritos (Instrução CVM 476). Elas são voltadas exclusivamente a investidores profissionais e a investidores institucionais (empresas, family offices e fundos de pensão).
Cheques menores entram de forma indireta, por meio de um fundo criado exclusivamente para investimento no FIP (conhecido no mercado como FIC, fundos de fundos ou feeder). O FIC da Redpoint eventures está disponível para investidores profissionais, institucionais ou qualificados. O investimento mínimo é de R$ 150 mil. “É um ativo considerado super ‘sexy’, mas com alto risco e liquidez travada. São características que se encaixam com um número limitado de investidores”, alerta Baer.
Fundos de private equity também passaram a investir em startups nos últimos anos, ainda que em estágios mais maduros do que os visados por anjos, por plataformas de equity crowdfunding ou por fundos de venture capital.
Alguns exemplos internacionais que aportaram em negócios brasileiros são General Atlantic (Gympass, Quinto Andar), L Catterton (Petlove) e Warburg Pincus (Take). Um exemplo de private equity brasileiro aportando em startups é a Gávea Investimentos, que participou na rodada que elevou a plataforma de comércio eletrônico VTEX ao status de unicórnio. Assim como nos fundos de venture capital, as plataformas de investimento disponibilizam fundos de private equity na aba de “investimentos alternativos”.
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Diversificação de startups
Como em todo investimento de alto risco e alto potencial de retorno, a diversificação é uma condição. Apostar em startups é apostar em um portfólio.
Para o investidor individual, a recomendação dos especialistas ouvidos pelo InfoMoney é ter ao menos uma carteira com dez a 15 startups. Teixeira, da GVAngels, tem uma carteira própria com mais de 20 startups – algumas que pararam e outras que deslancharam nesta pandemia. A ideia é colocar dinheiro em duas ou três startups por ano, compondo aos poucos um cardápio de negócios promissores em setores não correlacionados.
Uma forma de conseguir melhores oportunidades de investimento (deal flow) é construir sua própria reputação ou se associar a gestores, plataformas ou redes bem cotadas entre empreendedores. Baer alerta que o mercado de venture capital estimula a concentração dos sucessos nos melhores anjos e fundos. Na bolsa de valores, qualquer um pode comprar ações das companhias abertas. Nas startups, cada rodada tem apenas alguns investidores e o empreendedor pode decidir qual oferta aceitar.
“Se você é um fundador super qualificado, você receberá propostas de diversos anjos e fundos e terá que ir descendo sua lista”, diz Baer. O empreendedor vai contatar primeiros os investidores que mais lhe interessam. Se não conseguir, chamará os próximos. Quando você é o terceiro anjo ou coloca dinheiro no terceiro fundo mais bem cotado do mercado, por exemplo, também está apostando que os dois primeiros da lista recusaram o empreendedor pelos motivos errados e que a oportunidade ainda existe.
Teixeira, da GVAngels, ressalta que as startups não contam com as casas de análise, corretoras ou departamentos de bancos comuns ao mercado de ações. “Com as ações, você se sente amparado pelos estudos feitos por pessoas que olharam essas oportunidades antes. Nas startups, a solução para esse risco de investir por conta própria são redes ou fundos.”
Riscos e retornos das startups
Em termos de segurança, mais importante ainda do que o número de startups é a porcentagem que elas representam do seu patrimônio: os especialistas sugerem aportar em startups um valor equivalente a algo entre 2% e 10% dos seus ativos financeiros líquidos (um imóvel não entra na conta, por exemplo).
O ponto é que você deve estar preparado para perder o dinheiro alocado em uma startup. “É preciso ter essa ciência de que você não pode pedir esse dinheiro de volta no dia seguinte, quando a situação aperta”, alerta Spina. “O negócio é buy and hold [estratégia volta ao longo prazo], e não day trade [compra e venda de ações no mesmo dia]”, compara Begnoche.
Quanto mais iniciante a startup for, maiores os possíveis múltiplos de retorno – e maiores os riscos de que essa empresa não deslanche. A empresa de análise de dados CB Insights mostra que apenas 48% das startups que conseguiram um primeiro investimento chegaram ao segundo (que seria uma possível saída aos seus investidores).
Quem investe nas startups que já captaram sua segunda rodada está eliminando essa porcentagem de falha. Mas ainda corre riscos significativos em qualquer estágio de maturidade. Também segundo o CB Insights, 67% das startups param de ter eventos de liquidez em algum ponto da sua trajetória (não conseguem captar ou vender).
Isso pode indicar que a startup está morrendo ou que ela consegue andar com as próprias pernas – o que seria bom para ela, mas não para o investidor que quer seu dinheiro de volta em breve. A Redpoint eventures, por exemplo, assume que um terço do seu portfólio pode não dar certo, um terço pode apenas retornar o valor investido (“andar de lado”) e um terço pode gerar múltiplos de retorno que compensem os outros dois terços.
Nenhum dos especialistas ouvidos pelo InfoMoney crava um retorno médio – porque enquanto uma startup pode não gerar nenhum retorno, outra pode gerar um retorno de 100 vezes sobre a aplicação inicial.
“O investidor em startups está interessado porque não pensa em percentuais, mas em múltiplos”, diz Begnoche. “A ideia geral é superar bem o mercado de ações. Um retorno de duas ou três vezes você consegue com small caps em alguns anos. Para um retorno potencial de até cinco vezes em longo prazo, eu prefiro investir na Bolsa pela facilidade de venda dos papéis”, completa Teixeira. O índice de small caps SMLL, por exemplo, terminou o último ano com uma valorização de 58,2%. Já o Ibovespa subiu 31,6%. Mas foram resultados bem maiores do que em 2018: o SMLL cresceu 8,1% naquele ano, enquanto o Ibovespa teve alta de 15%.
Baer recomenda que o investidor em fundos de startups não fique diariamente olhando a variação das suas cotas – é mais ruído do que informação. “É um desafio precificar os ativos, porque temos incertezas que não seriam vistas no estágio de private equity. O que está nas cotas é nossa melhor estimativa, mas o que realmente vai importar é o ponto de entrada e o ponto de saída do aporte. No meio do caminho pode aparecer um comprador estratégico, ou uma pandemia.”
Liquidez das startups
O valor que você colocou em uma startup pode ser resgatado em um evento de liquidez, conhecido no mercado como saída. O exit surge em um novo aporte que permita a venda de participação dos primeiros investidores; em uma venda da startup para outra companhia ou, como mencionamos, para um fundo de private equity; ou em sua oferta pública inicial de ações (IPO).
Essa saída talvez nunca aconteça, como explicamos no tópico de diversificação. Mesmo se acontecer, pode levar anos. Os especialistas ouvidos pelo InfoMoney afirmaram que o investidor em startups pode esperar entre quatro a 12 anos para receber seu capital de volta. No caso dos fundos de venture capital, cada captação já coloca um prazo definido para os recursos ficarem aplicados. O fundo atual da Redpoint eventures é desenhado para manter os mesmos investidores durante dez anos, por exemplo.
“Não se trata de conseguir um retorno de duas ou três vezes com uma startup e sair dela correndo. Contando startups que andaram de lado ou que falharam, você perderá dinheiro no acumulado”, explica Baer. “É preciso estar pronto para segurar as empresas que estão indo bem. Serão os múltiplos de 50 a 100 vezes que retornarão o capital investido com valorização.”
Não existe formalmente um mercado secundário para comercializar participações nas startups, como acontece com ações de companhias abertas. As condições de venda dependem do que for acordado no contrato de investimento.
Tributação das startups
A tributação em cima dos investimentos em startups são um ponto polêmico. Os ganhos sobre capital (rendimentos) sofrem uma tributação regressiva, assim como as aplicações de renda fixa, que começa em 22,5%, para investimentos feitos em até seis meses, e vai caindo, até chegar em 15%, para prazos acima de dois anos. Se você investiu R$ 100 mil em uma startup e sua participação virou R$ 1 milhão em uma saída, você pagará tributos sobre os R$ 900 mil de valorização.
Essa tributação sobre ganhos acontece inclusive no caso dos fundos de investimento em participações. O FIP não tem a incidência de come-cotas, como acontece nos fundos de investimento tradicionais (entenda como funciona o come-cotas).
Entidades como a Anjos do Brasil defendem que uma forma de estimular o setor é promover a equiparação tributária a outras aplicações de renda variável. Dividendos de empresas negociadas na Bolsa não sofrem tributação, por exemplo. Na visão da Anjos do Brasil, as startups são mais arriscadas e possuem menos liquidez – então, deveriam ser ainda mais incentivadas.
Além do imposto sobre ganhos de capital, eventuais perdas não podem ser deduzidas. Se um investidor ganha R$ 100 com uma ação e perde R$ 100 em outra, pode compensar o lucro com o prejuízo no Imposto de Renda e não pagar nenhum tributo – já que não houve ganho na somatória. Caso acontecesse algo similar com startups, o investidor terá de declarar o ganho de capital sobre a startup que rendeu R$ 100 e pagar o imposto correspondente.