Sputnik V: Rússia envia à OMS pedido de aprovação emergencial da sua vacina contra a covid-19
outubro 27, 2020
SÃO PAULO – O Fundo Russo de Investimentos Diretos, fundo estatal russo que coordena a produção da vacina Sputnik V, apresentou nesta terça-feira (27) um pedido para um registro de aprovação emergencial do imunizante russo à Organização Mundial da Saúde (OMS).
Segundo Kirill Dmitriev, diretor do fundo, a aprovação do uso emergencial da vacina “permitirá que a Sputnik V seja incluída na lista de produtos médicos que atendem aos principais padrões de qualidade, segurança e eficácia.”
O Fundo Russo de Investimentos Diretos apresentou um pedido de inclusão do imunizante na Lista de Uso de Emergência, que faz parte do Programa de Pré-qualificação da Organização das Nações Unidas (ONU). Esse é o único programa global de garantia de qualidade de medicamentos que é coordenado pela OMS, agência que faz parte da ONU.
A vacina russa tem previsão de ser produzida e testada em fase 3 no Brasil, em uma parceria firmada com o estado do Paraná.
As duas vacinas russas
A Rússia registrou a primeira vacina contra a covid-19 do mundo em meados de agosto. A Sputnik V está sendo desenvolvida pelo Instituto Gamaleya (Moscou). O imunizante foi batizado de Sputnik V em homenagem ao primeiro satélite artificial do mundo. O Sputnik I foi lançado pela União Soviética no auge da Guerra Fria (1957).
Há cerca de duas semanas, o país aprovou a segunda imunização para a doença, a EpiVacCorona, desenvolvida pelo Instituto Vector (Sibéria).
Segundo informações da agência de registro de fármacos da Rússia, a vacina usa uma técnica de imunização desenvolvida inicialmente para prevenir o Ebola.
Até então, a vacina foi testada em poucos voluntários. O governo estuda a ampliação de testes, embora nenhuma data tenha sido divulgada.
Desde o início da pandemia, a Rússia já registrou 1,5 milhão de infecções pelo novo coronavírus. É o quarto maior número de casos mundiais, só atrás dos Estados Unidos, da Índia e do Brasil. O país conta com 26 mil óbitos em decorrência da covid-19.