Lee Kun-hee, presidente que transformou a Samsung em uma gigante da tecnologia, morre aos 78 anos
outubro 25, 2020
Lee Kun-hee, o presidente do grupo Samsung, maior conglomerado de empresas da Coreia do Sul, morreu neste domingo (25) ,aos 78 anos.
A Samsung não confirmou qual foi a causa da morte de Lee, que já havia se afastado do dia a dia da empresa desde um ataque cardíaco sofrido em 2014.
Lee ajudou a transformar a pequena empresa de seu pai em uma potência econômica, com negócios em áreas que vão desde seguros a construção de navios.
Sob o comando de Lee, a Samsung se tornou a maior fabricante mundial de smartphones e chips, sendo responsável por quase 1/5 do PIB da Coreia do Sul.
“Lee era um visionário que transformou a Samsung em uma líder mundial em inovação e potência industrial a partir de um negócio local”, afirma a empresa em um comunicado. “Seu legado será eterno”, afirma a nota.
Ele era a pessoa mais rica da Coreia do Sul, segundo a revista Forbes, com um patrimônio de US$ 21 bilhões.
Lee era o terceiro filho de Lee Byung-chul, que fundou a Samsung em 1938. Ele entrou nos negócios da família em 1968 e virou o presidente da empresa em 1987, após a morte de seu pai.
Nessa época, a Samsung era vista pelos consumidores de eletrônicos como uma marca de produtos baratos e de pouca qualidade. Mas, sob o comando de Lee, a empresa sofreu uma transformação radical.
A Samsung é o maior dos conglomerados familiares que dominam a economia da Coreia do Sul e ajudaram o país a crescer após a Segunda Guerra Mundial. Mas esses grupos também são acusados de influenciar a política sul-coreana.
Lee foi condenado duas vezes pela Justiça sul-coreana. Uma das acusações foi ter subornado o ex-presidente sul-coreano Roh Tae-woo. Lee deixaria o posto de CEO da Samsung em 2008, após virar réu pelos crimes de sonegação fiscal e apropriação indébita. Ele recebeu uma sentença de três anos por sonegação fiscal, mas recebeu um perdão presidencial em 2009.
Ele voltaria ao cargo de CEO da Samsung em 2010, mas se afastou novamente em 2014, após o ataque cardíaco.