Tesouro Direto: Confira os preços e as taxas dos títulos públicos nesta segunda-feira
abril 13, 2020SÃO PAULO – Com expectativas cada vez menores para o desempenho do PIB brasileiro neste ano e após a redução na projeção para a Selic em 2021 pelo mercado financeiro, as taxas dos títulos públicos com vencimentos curtos e médios recuam na manhã desta segunda-feira (13). Os retornos dos papéis mais longos, por outro lado, têm alta.
Entre os títulos prefixados, o papel com vencimento em 2023 pagava 4,99% ao ano nesta manhã, ante 5,03% a.a. na tarde de quinta-feira (9), véspera de feriado. O Tesouro Prefixado com juros semestrais 2031, por sua vez, oferecia um prêmio anual de 7,85%, ante 7,86% a.a. anteriormente.
Com relação aos papéis indexados à inflação, o juro do título com vencimento em 2026 cedia de 3,46% para 3,41% ao ano, enquanto que o Tesouro IPCA+ 2045 pagava 4,58% ao ano, ante 4,56% a.a. no pregão anterior. Já o retorno do Tesouro IPCA+ com juros semestrais 2055 tinha leve alta de 4,65% para 4,66% ao ano.
Confira os preços e as taxas dos títulos públicos ofertados nesta segunda-feira (13):
Selic mais baixa em 2021
Em meio à escalada do número de casos de coronavírus e seu impacto na economia brasileira, o mercado financeiro vê um espaço cada vez menor para a alta da Selic em 2021. A projeção para a taxa básica de juros ao fim do próximo ano foi reduzida pela terceira semana seguida, desta vez de 4,75% para 4,50% ao ano, segundo o relatório Focus, divulgado pelo Banco Central nesta manhã.
Para este ano, a estimativa para a Selic foi mantida em 3,25% ao ano, o que implica um corte de meio ponto percentual do patamar atual de 3,75% a.a.
Em meio a medidas de isolamento social visando minimizar a disseminação da Covid-19, as expectativas para inflação e desempenho da economia do país voltaram a ser reduzidas. Para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a projeção de alta foi cortada pela quinta vez consecutiva, de 2,72% para 2,52%, em 2020, e mantida em 3,50%, em 2021.
Com relação ao PIB, economistas veem uma contração da economia brasileira de 1,96% em 2020, ante expectativa anterior de retração de 1,18%. No próximo ano, contudo, a atividade deverá crescer 2,70%, acima da expectativa anterior, que indicava expansão de 2,50%.
Noticiário
Entre os destaques do dia, investidores seguem atentos ao número de casos de coronavírus ao redor do mundo, que mostrou desaceleração na Europa, mas atingiu proporções preocupantes nos Estados Unidos, que registra hoje 550 mil casos da doença e 22 mil mortes.
No Brasil, para minimizar os impactos da doença sobre a atividade econômica, o Senado deve votar ainda hoje a PEC do Orçamento de Guerra, que permite ao governo gastos além das regras fiscais previstas na Constituição para combater a pandemia.
Na última quinta-feira (9), o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, conversou com senadores para vencer resistências à PEC, que também amplia o escopo das atuações da autoridade monetária. A emenda poderia permitir ao BC negociar títulos privados e comprar papéis mais longos, que têm sido mais pressionados durante a crise.
No cenário externo, mercados observam o comportamento dos preços do petróleo, que corrigem parte do rali que ocorreu antes do acordo da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+). Ficou acertado que os maiores produtores do combustível cortarão a produção diária em 9,7 milhões de barris diários.
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