Tesouro Direto: após forte alta, taxas de títulos públicos recuam nesta terça-feira
setembro 22, 2020
SÃO PAULO – Após forte alta na véspera, os prêmios pagos pelos títulos públicos negociados via Tesouro Direto operam em queda na manhã desta terça-feira (22).
O título prefixado com vencimento em 2023 pagava uma taxa anual de 4,48%, ante 4,56% ao ano na tarde de segunda-feira (21). O juro pago pelo mesmo papel com prazo em 2026, por sua vez, cedia de 7,11% para 7,01% ao ano.
Entre os papéis indexados à inflação, o prêmio pago pelo título com vencimento em 2026 tinha queda de 2,80% para 2,69% ao ano, enquanto o juro pago pelo Tesouro IPCA+2045 recuava de 4,13% para 4,02% ao ano.
No câmbio, o dólar operava próximo da estabilidade, cotado a R$ 5,41 por volta das 9h50.
Confira os preços e as taxas dos títulos públicos nesta terça-feira (22):
Ata do Cupom
No Brasil, os investidores repercutem hoje a divulgação da ata do Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central. No documento, a autoridade monetária reiterou que, devido a questões prudenciais e de estabilidade financeira, o espaço remanescente para corte de juros, se houver, será pequeno.
Segundo análise da XP Macro, a ata do Copom foi neutra, repetindo em grande parte a comunicação anterior, divulgada após a decisão na quarta-feira (16). “O Comitê eliminou a parte em que discutia a limitação do forward guidance (FG) em emergentes, reforçando a confiança no mecanismo”, ressaltaram os analistas. Para a XP, o foco a partir de agora será o risco de mudança no regime fiscal.
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Ainda no âmbito doméstico, foi noticiado que o reforço para o Renda Brasil poderá vir de cortes na máquina pública.
Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, o presidente Jair Bolsonaro tem sido aconselhado pela sua equipe a rever os custos com servidores ou condicionar o programa à aprovação de novas iniciativas. Entre elas, estaria a criação de um novo imposto.
Por aqui, os investidores também acompanham o discurso, em vídeo, de Bolsonaro na 75ª edição da Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU).
Cena externa
No ambiente internacional, os mercados repercutem os apontamentos iniciais de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve, o banco central americano, de que irá apoiar a economia por quanto tempo for necessário.
Powell falará hoje no Comitê de Serviços Financeiros da Câmara dos Deputados dos EUA, o primeiro de três dias de depoimentos ao Congresso nesta semana.
Outro assunto no radar é o avanço do coronavírus na Europa, onde foram registrados 300 mil casos na última semana. A segunda onda de contaminação, na França, Espanha, Alemanha e Reino Unido pode levar a região de volta ao lockdown, indicando que o continente vive a fase mais delicada da pandemia desde meados de maio.
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