Suprema Corte assume protagonismo no debate eleitoral americano após falecimento da juíza Ruth Bader Ginsburg

Suprema Corte assume protagonismo no debate eleitoral americano após falecimento da juíza Ruth Bader Ginsburg

setembro 21, 2020 Off Por JJ

Ruth Bader Ginsburg (Foto: Kevork Djansezian/Getty Images)

A morte na sexta-feira (18) de Ruth Bader Ginsburg, que era mais antiga juíza da Suprema Corte americana, símbolo liberal e que lutava contra um câncer, abre uma vaga no colegiado, já que os juízes são nomeados de forma vitalícia.

A indicação vai ao centro da disputa eleitoral agora que a corte passa a contar com 5 juízes conservadores e 3 liberais.

A nomeação de ministros à Suprema Corte já era um assunto caro ao eleitorado americano, particularmente por sua influência sobre a pauta de costumes, o que ganha ainda mais relevância num contexto de polarização.

Segundo pesquisa recente do Pew Research Institute, o tema já era a terceira principal preocupação dos eleitores, depois da saúde e economia.

Em 2016, Donald Trump usou uma abertura na Corte como parte de sua plataforma eleitoral para conquistar o voto de conservadores que buscavam aumentar a representatividade no colegiado.

Nesse sentido, o tema dá fôlego à essa mensagem da campanha do presidente, que tentava repetir o argumento de 2016 em 2020, mas vinha obtendo resultados menos efetivos que na eleição anterior.

No lado democrata, Joe Biden deve reforçar o mesmo argumento, mas em sentido contrário, alertando ao risco da ampliação da maioria republicana na Suprema Corte.

Por enquanto, é possível afirmar com certa tranquilidade que a vaga não será preenchida antes da eleição e que o assunto ganhará ainda mais importância daqui até 3 de novembro.

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