7 fundos internacionais para quem quer “dolarizar” a carteira
agosto 21, 2020Na última quinta-feira, eu abri um “box” de perguntas sobre fundos internacionais no Instagram do Stock Pickers, e se você não conseguiu acompanhar por algum motivo, trouxe aqui a minha opinião sobre os fundos mais pedidos pelos nossos seguidores.
Diversificar geograficamente sua carteira é algo mais do que necessário nos dias de hoje (o noticiário político das últimas semanas deixou isso bem claro). E produtos que antes eram acessíveis apenas para os investidores milionários agora estão ao alcance de todo investidor. Com apenas R$ 100 é possível colocar um ingrediente “gringo” no seu portfólio tupiniquim.
Conheça alguns destes fundos internacionais:
Família Trend (renda variável)
Os fundos Trend foram criados para dar exposição de forma passiva a algum índice do mercado ou ativo em específico. É a melhor forma para investir com baixo preço de entrada (aplicações iniciais de até R$ 100) e com liquidez (prazo de resgate de 1 a 6 dias).
Existem diferentes tipos de fundos Trend que investem no exterior:
1) Trend Bolsa Americana: fundo que acompanha o S&P 500, índice de ações composto pelas 500 maiores companhias da bolsa dos EUA. Esse fundo tem a versão em reais e em dólar: a diferença é que em reais ele vai capturar apenas a variação do índice, enquanto o Trend Bolsa Americana Dólar vai acompanhar também a variação da moeda americana.
2) Trend Tecnologia: investe em um índice de ações de companhias de tecnologias, principalmente americanas.
3) Trend Ouro: acompanha o preço do ouro. Tem a versão ‘normal’ e a versão dolarizada.
4) Trend Bolsa Chinesa: acompanha o MSCI China ETF, um índice de ações de companhias chinesas.
5) Pimco (renda fixa)
Um “Megazord” da renda fixa global. Compõe sua carteira com diversos ativos de renda fixa global, desde títulos públicos, até crédito privado e títulos hipotecários. Quando estão mais otimistas com o cenário, fazem alocação maior em ativos de mais risco, quando menos, concentram-se mais em teses conservadoras. Ótima opção para quem busca diversificar o patrimônio em renda fixa no exterior.
6) Morgan Stanley Global Opportunities (renda variável)
Esse é o famoso “skin in the game” entre os fundos de renda variável global: 25% do bônus do time de investimento é reinvestido compulsoriamente dentro do fundo, e a estratégia do MS consiste em ficar com aproximadamente 95% do patrimônio investido em ações globais, sem “fazer caixa”. Eles acreditam que esse alinhamento com o cotista e estar sempre posicionados nos mercados, é a melhor forma de ganhar dinheiro no longo prazo.
Está nas nossas recomendações de carteira de alocação faz tempo, figurinha carimbada do nosso time de renda variável internacional. Esse fundo é uma exceção à regra de que “os melhores fundos estão fora dos bancões”, pois esse fundo do Morgan Stanley é excelente.
7) Wellington Ventura
Aproveitando o gancho da renda variável global, esse fundo internacional com o nome mais “brazuca” que eu conheço é mais um titular das nossas carteiras de alocação. Diferente do MS, na Wellington eles ficam mais ou menos posicionados em ações conforme a visão sobre o cenário da casa.
O que mais me atrai é a estrutura diferenciada da casa: são mais de 50 analistas de carreira, que diferente das gestoras brasileiras, são sócios tão relevantes quanto os gestores dos veículos da casa.
Isso possibilita que, se o profissional deseja cobrir o mesmo setor e ser um baita especialista sobre as empresas que o compõe, ele pode. Os analistas não ficam pressionados para tentarem cargos de gestão dos fundos, diferente do que vemos muitas vezes aqui no Brasil.
(Wellington e Morgan Stanley já participaram juntos do Stock Pickers, clique aqui pra ver esse debate).
Se você sentiu falta do comentário de algum fundo internacional, criamos uma página na Rico com a descrição de todos os fundos com exposição ao exterior. Clique aqui para acessá-la.