52% dos consumidores dizem que não conseguirão pagar dívidas, mostra Boa Vista
abril 29, 2020Pesquisa da Boa Vista retrata que 52% dos consumidores no Brasil afirmaram que não conseguirão pagar as contas ou somente serão capazes de quitar metade dos compromissos financeiros.
Conforme o levantamento realizado com 600 brasileiros, 80% disseram que já fizeram revisão no orçamento familiar.
Para 56% dos entrevistados, deixar as contas em dia será possível, no máximo, por dois meses, enquanto 12% disseram ter condições para isso entre três e quatro meses.
Já 12% afirmaram que conseguirão honrar as finanças domésticas por um período de mais de quatro meses e 20% não souberam responder.
A Boa Vista também ouviu os consumidores para identificar que tipo de dívida possuem. Em média, 49% contaram ter alguma compra parcelada, como no cartão de crédito, boleto ou carnê de loja e cheque pré-datado.
Outros 27% disseram que estão endividados por meio de financiamentos ou empréstimos, tais como financiamento de veículos e/imóvel ou empréstimo pessoal/consignado.
Crédito
Os consumidores disseram que estão incertos quanto ao futuro da economia e das suas finanças. Segundo a pesquisa, 59% dos entrevistados têm perspectiva de que talvez precisarão contratar crédito para pagar as contas durante ou após a pandemia do novo coronavírus.
Outros 41% dizem que não irão precisar contratar crédito neste momento.
Dos 52% que declararam que irão conseguir pagar apenas parte ou nenhuma conta nos próximos meses, 83% deles responderam que precisarão tomar crédito.
Mesmo entre os 48% que dizem que não vão precisar desses recursos porque acreditam que terão condições de manter as contas em dia com a renda que possuem, 34% alegam que, em algum momento, virão a precisar de crédito extra, se a atual situação continuar, com comércio fechado, demissões e diminuição de renda.
A principal modalidade citada pelos que afirmam ter de tomar crédito, seja durante ou depois da pandemia, foi o empréstimo pessoal em bancos (21%), seguida do cartão de crédito (14%) e do empréstimo consignado (12%).